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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Espero-te ao crepusculo.

E se hoje, voltasse-mos a divagar? Estejas lá onde estiveres desde que o dia acordou. Estou livre, no meu mais assumido estado Zen, ansiando pelo silêncio da noite quando te posso vislumbrar, tão perfeitamente, caso as nuvens se ausentem.
O mundo já partiu para trás, E nem acredito que estou a escrever isto.
Fazia já os meses que não via a minha musa com estes olhos, feita de pobres e despidas linhas mal pontuadas.
Que novidades posso contar? Já não passo mais de um lobo solitário. Sem nada de interessante para fazer.
Acabou a poesia ao fim da tarde ou no café da manhã, que encontra agora hora marcada, sim, na noite escura.
O poeta no fim, é mais do que a agonia de viver na corda bamba, ou construir uma linda cabana na ponta mais íngreme de um penhasco instável.
E o poeta aprendiz, é melhor conter-se, talvez construir as casas em sítios mais calmos e seguros, não num penhasco, algures num canto de uma planície abissal.
Lá no fundo do mar, onde a solidão não é mais que a ilusão de estar sozinho de olhos no céu.
Confesso cada vez mais, ser na calma da noite, debaixo do mar, ou no terceiro andar, a ouvir o silêncio, e, passando as ideias a arial narrow que sinto o êxtase a fluir das veias para o coração com a força de cursos de alta energia.
Para lá da janela, a noite então percorrerá os céus impaciente, rápida e fugaz, de e oriente para ocidente, como se a esperasse um dia preenchido.
E devagar, chuviscam pequenas pingas de luz num céu azul escuro. Por fim, os chuvisco não são mais chuviscos mas uma tempestade de luz que se ergue preguiçosa por detrás da Serra como se quisesse ficar a dormir. É nesse momento que olho o céu, e avisto um dos meus amores a fugir-me por entre os raios de Sol. Precipito-me pois sobre a almofada, e lá em cima de tez tão pálida descansa, o meu sonho de criança, do qual me despeço com pena.
Já quando cheguei disse que o tempo me tinha feito lobo solitário, Canis lupus se preferirem.
E que mirava a minha musa, a qual tanto vejo aqui como do fundo do mar com o mesmo fascínio, de menino, que sonhava ser astronauta.
Mas tudo se vai com o a luz do Sol, e é quando por fim, cansado de dormir me levanto e assisto ao desenrolar de mais um dia... Recordo com graça os beijos estrelados do nosso romance da noite passada e passo a rezar com as forças que o sono me cedeu, "querida Lua desejava-te aqui".
Espero-te amanhã à hora dos costume. Talvez te escreva outro poema, no doce crepusculo que agora lá para as nove te trás pela mão.
Aqui te espero.
Pensarei em ti durante o dia.