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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cores proíbidas

Cai
Leve e suave, como se por uma vez acreditasse em românticos.
A musica expressa-me
E eu numa simbiose perfeita expresso-a.
Cai,
Sem saber porquê.
Ergue-se,
Sem saber por que caiu.
Pinta paredes e mentes, numa febre de surrealismo
Leva a íris a ver o arco na escuridão (que pára na noite fria de Novembro).
Cai de novo...
Ao soar dos meios tons que não são nem Fá (nem fé) nem Sol (nem lua).
Param,
Chovem,
Evaporam.
Caem de novo! Notas, pausas, Pedaços!
(Aos poucos ou enxurradas)
Gotas, meras gotas, que vibram!
Nas zonas desconhecidas do encéfalo.

E eu escrevo sem rumo nem sentido o que provavelmente só a mim me faz sentido agora.
E cai... e cai... e cai, e voa! Na reticência das reticencias ou na morte que um ponto final significa.
Cai no inato, instintivo e duvidoso.
Cai no adquirido duvidoso e... duvidoso pela fonte.
E cai, como poesia ou prosa ao longo de linhas, talhadas, ou não.
Pensadas ou não.
Cai, e escorre pelos dedos.
Cai e entranha-se.
Possui-me!
Pelas veias, artérias e pelos vasos sanguíneos.
Cai como música, nas malhas que o ser não sabe mais descortinar.
Cai! e enquanto cai sente-se não mais que a cair do coração.
Infiltram-se! De mansinho... aos poucos... ao longo do miocárdio.
Caem,
Onde caíram mais como elas, nascem!
Que não nasceram para cair, mas para viajar.
Viajam pois.
Por mim, para mim.
De mim, para o mundo,
E retornam.
No fim da queda, e da viagem,
Sei que me espera. Não o regresso à lei da gravitação universal.
Pois tenham vindo donde vieram, vieram de cima (porque a Terra é pequena e redonda).
E é lá que eu tenciono ir buscá-las.
Com as asas que me deram, ou me vão dar no Natal.
Para que como elas não caísse e aprendesse a buscar as minhas cores proibidas
Numa viagem que já Dali e Dante (ambos loucos ambos génios)
Fizeram de volta à realidade surreal.
Onde me perdi
Onde cai
E serei capaz... por fim... de me encontrar.