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quinta-feira, 10 de março de 2011

Insónia

Boas noites, ou feliz madrugada. Encontro-me comigo hoje, tarde e más horas bailando nas esquálidas nuvens de uma mente entediada pelo sono, típico de tão atrasada hora.
Mas o sono não vem, não é lugar nem destino. Pelo menos para já. Venho pois só e unicamente divagar. Para quebrar a rotina; e não quebrar o que amo.
Terá a minha escrita retornada apenas em "servo do poder no meio do nada".
Quando tudo partiu para inconscientes terras, já levadas de mil e duas histórias fantásticas; aqui fico eu, à espera que o chat do facebook atinja finalmente o numero zero, para então partir. Rumo ao meu leito. Onde passarei, descobrindo o ar, tanto mais tempo de uma insónia adormecida, nos mantos de linho do tempo.
E quando o tempo de me deixar ficar pela infinidade de tesouros qque guardo secretamente, algures, nas incógnita natural que sou.
Depois do sono, acordo com o medo, de não saber realmente para que acordo. Que farei eu aqui?
Angustiado, petrificado, de olho nos tímidos raios a espreitar pelos estores, cansados, quase tanto como eu. Mas por motivos distintos....

Esquece João, hoje não estás nos teus dias. Perguntas tão complicadas para quê? Quem te irá ouvir? Quem terá a ousadia de te responder?
Dilemas, dilemas, dilemas e dilemas. Insolucionáveis, Insolúveis na imperfeição da estúpida razão humana!
Deixa-te disso. Arrebata com o fingimento de que alguém te poderá salvar de ti mesmo. Não és vítima. Nunca foste. Se não és ovelha, não lhe vistas a pele.
Deixa-te de medos, e vergonhas.
Sempre ríspido e impetuoso à tua carapaça, à superfície. Quando por dentro, ecoam os gritos de vazio. Pragas que tão naturalmente te recusas a ouvir, como recusas as mãos dos imigrantes sedentos de mais um shot de heroína, ou um pão para molhar a sopa de água.
Aí não cresce nada, terreno pobre e infértil. Nada dás, nada pedes, tudo queres.
E deixas-te levar por insónias desconcertantes, rimando versos soltos de poetas anónimos que levas nos olhos.
Nem os alquimistas partiam do nada, nesse processo mágico.
E anseias secretamente que os teus dedos parem, quanto mais a reflexão, mais a força que não vencerás sem vontade, te esmigalha.
E por fim, tu, parvo, impávido e sereno, acabas por desistir de te mutilares com desvaneios de adolescente. E ai... cais-te em terrenos desconhecidos, cais-te em sono profundo. Incapaz de continuar o que começas-te, como costume.
Deixa estar. Ninguém é perfeito.
Até amanhã meu caro.

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