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sábado, 25 de agosto de 2012

(mud)Ar

Lembrarei sempre o meu nome.
Se calhar toda a gente muda com os dias.
Se calhar toda a gente muda.
Se calhar... Se calhar tudo muda.
Se calhar... Se calhar, esses ventos magos que fascinaram artistas, reis generais...
Homens, como os outros, com a simples peculariedade de terem em si a loucura e a presunção de acharem que serão deles os pulmões a abrir caminho no meio da multidão e a decidir a direcção que o vento toma.
Quando a mente se evade da caixa craniana e do pequeno, a que o físico humano obriga e emigra, a fim de ganhar a força que consiga rolar vendavais nas almas alheias, pobres, anónimas e mirar em extase, o mundo a ir na brisa... Deixar-se levar em multidões sedentas pelo prazer que é mudar.
Então, eclipsam-se as dúvidas, brilha a Lua, raia o Sol. Chove, encharcam-se as ruas de revolta. Exaltam-se vozes no baixar de outras... Que como eu assistem, e pensam meditabundos.
"Quão irreal... Quão impávido... Quão confortável consigo eu ser quando todos mudam e eu não sei porquê?"

Ser humano é ser naturalmente descontente... Ser feliz é ser humano?
Duas realidades assim tão imcompatíveis? (e eu sei que ser feliz pode ser a realidade)
Porém... pensado e feito está já a sopro a brisa mágica...
As pessoas, os sítios, o andar do relógio.
Quebram, cedem, e erguem impérios que não vão além da morada...
Mudam para melhor, mudam para melhor...

A vida não é menos feliz pela paixão desenfreada pela mudança...
Se bem amo a palavra que passa a mensagem.
Amo a mudança... Assim com o cru prazer da euforia e do apaixonar...
Simplesmente não vejo como...

Enquanto o mundo à minha volta rodopia num eterno carrossel onde nunca encontramos o que deixamos esperando no mesmo idílico lugar.

Só porque toda a gente muda e eu me sinto igual a todos os dias...

Mudar é dos mais fantásticos verbos da vida... porém, nunca ultrapassará o verbo ser, quando o sorriso está na segunda pessoa.

...Lembrarei, sempre, o teu nome...


Não datado

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