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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Átomo da liberdade

Que me tens a dizer? Falas em ecos de liberdade. Pois bem os espero. Devo sentar-me por ventura; não vão esses ecos chegar apenas num longo breve futuro.
Pois bem me sento e os espero, haverá de certo quem os leve pendurados ao peito, tal e qual peças de alta joalharia. Ah... que visão de poesia...
Oxalá não se deixe tal preciosidade cair em mãos erradas, ou circular por entre bancas do mercado negro. Oxalá, se cantem louvores a esse brilho que os pobres levam ao peito, e eu, mais pobre que eles, levo no coração. Ou não fosse o pobre que de entre os pobres tem uma maior ascensão à riqueza, simplesmente por descobrir o sítio certo para o átomo da liberdade.
Afinal o ser prosista tem de ter lugar em qualquer elite secreta; um grupo de alquimistas quem sabe? Que fascínio seria. Pois por certo que seja o que for, aqui contínuo sentado, esperando ansiosamente pela sua chegada. Enquanto me dizes que não tarda, franzo o sobrolho, e confesso questionar-me internamente se esse prodígio algum dia chegará.
E então o vejo e pergunto:
Mas que tens para me cantar? Nada de novo? Anda lá meu bem. Canta algo de novo, mata-me e reencarna-me e trás daí esse átomo com poderes mágicos. Curioso de tudo ansio cada vez mais para sentir que algo me muda para melhor. Canta então... Sabes que já cá está a pedra preciosa que me fará livre e feliz. Porque tardas os seus efeitos não sei... Canta por favor...
Só me fará bem ouvir o sim da liberdade. Não por ser prisioneiro, mas por ser prisão... Emancipa-te e canta.. sem medos, nada nos parará a partir do momento que tal energia atómica se espalhe, contagie o mundo em redor, com o mesmo sorriso com o qual me cito a mim mesmo.
Anda lá. Por favor, fá-lo chegar rápido... Já se viu que até um descrente como eu crê na liberdade. Crê em ti.
Portanto, trá-lo a mim. paremos o tempo aqui, na nossa pertenção infantil de querer ter mãos de deus, e afinar o que já tantos nos tentaram cantar.  Que final épico, em que me cantas por fim, já não aqui resido...
Voo então, plano numa imensidão azul, ou negra, a escolha é minha... Sou pirata, mago ou alquimista, descobridor, negociante, escritor... a meu gosto e a meu tempo...já lhe apanhei a letra viste?
Não há mais de escravo ou pobre em mim... só de homem, homem livre. A realidade é da cor que a pintamos, e se me deres óleos e pincéis hei de pintá-la com as cores da esperança, com as minhas cores.
Nada mais de sacrifício, nada mais de submisso.
Porque tu és, os meus ecos de felicidade. Minha querida, mascarada liberdade.
Sou feliz por ti ... meu som de redenção.

2 comentários:

  1. Frase eleita - "Não por ser prisioneiro, mas por ser prisão...". Confesso que foi difícil eleger uma! Estou maravilhada.

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