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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Grito do Ipiranga

Hoje, esta noite, a próxima noite, a a seguir ou a próxima, ou qualquer uma, o propósito e a motivação é sempre o mesmo sonhar. Sonhar pelo simples prazer de sonhar. Sonhar pelo simples prazer de saber, que vivo... hoje amanhã depois, a diante...
Não só pela noite, pelo dia, ou com o raiar do sol da madrugada, de qualquer madrugada... Desde que me mantenha alto... Celeste, numa imensidão azul, na qual não há eco nem fundo. Onde sou eu e uma viciante queda livre, na imensidão, na incerteza, em mim. Sem querer nem precisar de chegar a um chão que farei pelo simples prazer de fazer, desaparecer.  Nas minhas vulgares pertenções de abdicar da realidade para imaginar algo melhor. Nada díficil, nada fácil, nada impossivel, nada pertinente, nada real... Tudo, tudo, tudo o que gosto de fazer. Cidadão do mundo, sem amarras nem países, sem pertencer, nem ter pertences. Estou só de pasagem, e premanecerei só de passagem, essa é a minha religião, venerar a divindade, a minha dinvidade, a minha liberdade, sonhadora, e completa. Sem eira nem beira.
Mais presente à noite, em que nem me apercebo, de que o poder jaz silenciosa nas minhas mãos. Afinal, quando nasci, nasci selvagem e não era de ninguém. Dizem os resistêcia, actuais delfins. eu pertenço a mim, mais que a um passado. Distraiam-me do passado então.
Foi nessa mesmo música que me inspiro agora. Lamento despedaçar esperanças, mas eu sou só meu e de mais ninguem. Este é o meu grito do Ipiranga. Embora não seja D. Pedro V nem tão pouco algum D.João. Hei de reinar sempre, sobre mim. Embora todos saibam que assim é e continuarem a ter a pertenção de mudar-me. E se isso os faz felizes, lá estou eu plácido, e incredulo, a fazer alguém feliz, por meros instantes. O que conta é a intenção.
Venham então, noites. Com o vosso misterioso rosto, escondido na penumbra. Trazer a loucura de sonhar. A loucura da loucura, o amor, de tantos casais perdidos entre lençóis ou em vulgares mesas de restaurante, com a vela acesa junto do saleiro.
Vem noite, e leva-me nesse teu eu por descobrir, do qual não me lembrarei quando abrir os olhos. Leva-me e trás-me só quando me prefizeres um contentamento vitalício. Vem e retorna-me. E por tudo, não deixes de vir. Não deixes de retornar. Não me abandones, quando tudo o que preciso é ... de sonhar.
Lua, esquece-te de cair do Céu.

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